Todo mundo sabe que os gregos antigos faziam seus banquetes regados a muito vinho, ingrediente sem o qual eu duvido que eles teriam conseguido estabelecer os caminhos do pensamento filosófico que usamos até hoje.
Platão (aquele que amava o que não tinha) falava que o vinho rejuvenesce os velhos, cura os enfermos e enriquece os pobres (Isso de ficar rico após algumas taças acho que todo mundo concorda, né?). Por sua vez, Aristóteles sentia prazer pelo que já tinha. A isso ele chamou de alegria, ou seja, a passagem para um estado mais potente do próprio ser. É a alegria que nos impulsiona a tomar as mais variadas atitudes e nos leva aos lugares mais inesperados.
Neste contexto, apresentamos o simpático e animado Doña Javiera. Levemente cítrico e jovem, esse vinho chileno é perfeito para acompanhar bruschettas, carnes brancas e comidas leves. Com 13,5% de álcool e ao custo médio de R$ 60,00, ele é feito com a uva Sauvignon Blanc, produzida no Vale Maipo, área de maravilhoso terroir (relação entre solo e clima de uma região que interfere na personalidade da uva plantada). Ao bebê-lo, certamente a alegria de que fala Aristoteles vai se apossar do seu ser e fazer você se sentir mais potente. Um brinde a ele. Porém, cautela. Não fique rico demais para não acordar pobre no outro dia.
Em Maceió, eu o encontrei no sensacional Restaurante Alphazema, novo na cidade. Vale a pena conhecer.
P.S.: antes que alguém reclame da crase no título, ela existe porque refiro-me “à moda de” Aristoteles. Ou seja, é um brinde à alegria. Portanto, vamos beber.